Uma vez, quando eu era
mais jovem, me disseram que a decisão mais certa que eu poderia
tomar na vida seria a de não me apaixonar. Disseram-me, que o amor
doía e que os que mais sofriam eram os que se entregavam totalmente
a esse sentimento. Eu era muito nova, fiquei assustada com o conselho
que recebi; afinal, outros falavam tão bem do amor para mim, diziam
que era o melhor e o maior sentimento que um ser com vida possa
sentir e transmitir. Passei alguns anos tentando entender porque
teorias sobre o mesmo assunto podem ser tão diferentes e ao mesmo
tempo tão intrigantes.
Conheci Lucas, e as
primeiras perguntas a virem em minha cabeça foram: Qual, dos dois
conselhos, devo seguir? Qual irá, realmente, me privar de decepções
e me trará felicidades?
Fiquei na dúvida e
resolvi, simplesmente, deixar acontecer. Que boba eu fui, deveria ter
me lembrado que o amor é algo crescente, alguém já havia me falado
isso, mas minha vontade de viver intensamente me fez acreditar que se
deixando as coisas acontecerem, tudo iria tomar o rumo certo e que no
final das contas, uma das teorias iria se encaixar perfeitamente sem
que eu precisasse escolher. Logicamente, a que venceu foi a de que o
amor é lindo, o amor é belo e que estando com o grande amor da
minha vida, minhas chances de ser feliz mais do que duplicavam.
Merda, eu devia ter escutado a razão e não “ter deixado
acontecer”. No começo, tudo parecia um desenho de princesa da
Disney, do tipo que você não precisa nem assistir para saber que o
final vai ser feliz, repleto de música, dança, beijos e the end
colorido. Porém, conforme o tempo passou, o amor foi deixando
rastros de dor e decepção em minha mente. Lucas já não era o
homem da minha vida, e sim o homem para que eu rezava todos os dias
pedindo que saísse de uma vez por todas do meu dia a dia. Nossas
brigas se tornaram constantes, nós mal nos olhávamos nos olhos, já
não nos tocávamos... Era como conviver com um estranho dentro de
minha própria casa. Mas a gota final, o que eu precisava para ter a
coragem de dizer adeus ao homem que eu pensei ser o cara certo para
viver todas as melhores décadas de nossas vidas ao meu lado, foi
quando eu descobri que ele estava me traindo. Sim, Lucas me traia. E
isso só fez com que a dor aumentasse. Passei noites em claro, passei
dias sozinha olhando para o nada através das janelas.
Demorou para que eu
me recuperasse, mas agora já estou bem. Acho até que bem demais,
pois o novo capítulo da minha vida irá se iniciar ao lado de Chris,
um cara legal que conheci em um barzinho, ele é um bom homem, me
trata como toda mulher deve ser tratada, na base das flores e dos
bilhetinhos românticos todas as manhãs de domingo. Porém, desta
vez, eu decidir ter as rédeas da situação em mãos e não vou
deixar as coisas acontecerem, agora irei utilizar o primeiro
conselho: “Não se apaixone”, “Não se entregue totalmente”.
E assim será, viverei esse novo capítulo sem me entregar. Talvez
até sem amar. Será possível viver uma história de amor, sem amor?
5 comentários:
Adorei o texto, muito bom.
seguindo.
pos-descobertas.blogspot.com
Ual... Que texto mais lindo!
Seguindo aqui viu? Obrigada pela visita :)
Oi linda, adorei o blog, uma fofura! :3
Já estou seguindo aqui também!
Beijos..
http://gabidb.blogspot.com.br/
Que texto lindo, adorei. Beijão <3
www.detalhesamor.blogspot.com | @keithpappen
Nossa, que texto lindo. Como diz a musica "de que vale o paraíso sem amor?". Lindo o seu blog!!
Te convido a conhecer os meus blogs, ficarei muito feliz com a sua presença!! Beijos
Moda e Gestão
www.fashionandmanagement.com
www.clubedeblogueiras.com.br
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